sábado, 27 de abril de 2013

Amai-vos uns aos outros...


A iniciativa de amar é de Deus: é Ele quem nos ama primeiro e nos convida ao amor.  Somente experimentando o amor é que a humanidade poderá experimentar, ainda que limitadamente, quem é Deus.  Amar é tocar no mistério da divindade aberto Definitivamente à humanidade pelo amor doado por Deus à criação.

Em Jesus Cristo, Deus mostra a capacidade humana de amar.  O Filho, encarnado e feito homem para suportar a limitação humana, faz de Sua vida uma vida inteira de amor ao outro e ao Pai.  E nos ensina a viver no amor: “como o Pai me amor, assim também eu vos amei.” (Jo15, 9) e, mais adiante, “amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 15, 12).


O Filho Amado, Senhor da Vida, não escraviza a humanidade.  Ao contrário, a faz amiga, irmã.  Escolhe homens e mulheres para que cada um saiba que pode contribuir com a obra da criação.  E assim nos diz: “Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu senhor.  Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.  Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça.” (Jo 15, 15-16)

Qual é o sentido profundo da palavra amor, para cada um de nós?  Hoje, é uma palavra tão banalizada, tão usada para designar relações egoístas e hedonistas, que poucas vezes lembramo-nos da sua origem divina: tudo foi criado por amor, para o amor e no amor.  Foi o amor de Deus, que não coube em si só e que expandiu dando origem a vida, porque o amor é fonte de vida.  Por isso, as palavras de Jesus: “...para que produzais fruto...” (Jo 15, 16 a).  O fruto esperado é a vida que somos capazes de gerar através de nossos atos que devem refletir o verdadeiro amor de Deus pela humanidade.

A primeira carta encíclica de Bento XVI - Deus caritas est – resgata a dimensão amorosa de Deus, reforçando as palavras do apóstolo João em sua Primeira Carta: Deus é Amor! (1Jo 4,1) e, a partir daí, oferece dicas para a prática amorosa nas relações pessoais e sociais, indicando fundamentos para a implementação da justiça e da verdadeira caridade cristã.  Enfim, um documento que não pode deixar de ser lido e trabalhado pelos fiéis para que possamos ser todos instrumentos construtores de uma nova realidade.

Que a experiência do amor possa ser restauradora da nossa relação filial com o Senhor para que seja consciente em nossas vidas a importância de sermos filhos amados por Deus.

Textos para ajudar na sua oração:
Jo 15, 9-17
1Jo 4, 7-10
Jo 13, 31-33ª.34-35

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